terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Santa Catarina sendo desbravada!

Buenas, pessoal!
Estamos começando a nos acostumar com o inconfundível sotaque dos catarinas! Um exemplar acabado desse "espécime" é o recepcionista do Hotel onde estamos hospedados, em Criciúma. Neste momento (22h30min), ele está "cantando" a fala enquanto acolhe mais um hóspede... O Paulo Augusto ficou tão impressionado com a "melodia" da gente desta terra que rapidinho passou a imitá-los. Prá bobagem, a cabeça desses guris funciona numa velocidade que, olha!
O piá já comentou do tombo que levou no acostamento da BR-101. Parado, esqueceu-se da pedaleira e não destravou o pé a tempo. Só ouvi o barulho e já enxerguei uma mistura de alforje, gente, roda, protetor solar, colchonete, tudo no chão. Dá uma nota pro guri... Mas Graças a Deus não se machucou com gravidade, apenas uma batida no ombro que algumas horas depois não incomodava mais.
Não demorou, furou o pneu da bicicleta dele. Aproveitando a proximidade de uma borracharia, já desmontei a roda e consertamos as duas câmaras. Furo no cicloturismo faz parte.
As paisagens do lado catarinense surpreendem: imensos arrozais, verdinhos, cachos de banana pendurados nas fachadas das tendas, subidas e descidas fortes, as montanhas nos acompanhando a oeste, acho até que nos aguardando para o maior desafio da viagem, que é o de subir a Serra do Corvo Branco...
Numa loja de bicicletas muito grande que há aqui em Criciúma (que inclusive patrocina a Equipe Brasileira Juvenil de Ciclismo), soube que essa serra tem 3 km de forte subida em seu início, 5 km alternando subidas e chatos, e os 4 km finais a pique. Alguns ciclistas que já cruzaram esse trecho contaram peripécias para vencerem-no, pois de altissimo grau de dificuldade. Cada vez me convenço mais que a caminhada será a regra, a pedalada a exceção, em função do peso dos alforjes.
Pra quem gosta de estatística, vale lembrar que já percorremos 170 km, e amanhã pretendemos chegar em Grão Pará, cruzando por Urussanga e Braço do Norte. Mais uns 80 km, nessa jornada muito legal pela terra de Anita Garibáldi, de Nereu Ramos, de Hercílio Luz, de tanta gente importante que ajudou a construir a história do Brasil.
Bait'abraço!

3 comentários:

  1. Eu acho que o guri tá se saindo que nem o pai, hein?! Até um tombo já levou, hehe!!! :)
    Aproveitem a pedalada na horizontal de amanhã, porque depois...!
    Uma excelente jornada! Abração!!!

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    1. Salve dupla "Paulo Petry"! Que momento para o Petry-pai: fazer o que gosta com alguém que se ama, imagina se as gurias resolvem ir junto da próxima vez? Grande abraço, estou acompanhando todas as postagens. Segue firme nos arreio ( ou melhor, nos pedais...)
      Mateus Araujo

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    2. Fala, Mateus! Sem dúvida, é uma baita alegria estar fazendo essa viagem com o Augusto! Hoje foi um dia absurdamente duro - subimos a Serra do Corvo Branco, 30km do aclive mais estúpido e deslumbrante que eu já vi! Estrada de chão batido, um saibro solto que impedia que as bicicletas tracionassem, foi um sufoco! Em determinados momentos eu subia empurrando a minha bicicleta e voltava para ajudar o Augusto com a sua, tal a inclinação do trecho. Mas a paisagem... ah, a paisagem! Essa compensou qualquer sacrifício. Se der, ainda hoje publico as fotos! É um dos lugares mais bonitos que eu já tive o prazer de visitar.
      Bait'abraço!

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