sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A maior pedalada!

Buenas, pessoal!
Tivemos um dia muito peculiar na estrada nesta 4ª-feira (25)! A ideia de chegarmos em Gravataí, provindos da Praia do Barco (em Capão da Canoa), nos obrigou a enfrentarmos situações muito diversas e adversas.
Primeiro, porque quando arrancamos, às 07h, chovia forte na praia, um terrível vento sudoeste "guasqueando" a chuva. Andamos 10 km e a dificuldade era tão grande que chegamos a cogitar a possibilidade de retornarmos à casa onde pernoitamos para aguardar a melhora do tempo. Mas, como um bom gaúcho nunca foge do bicho sem ver a cor do pelo, decidimos continuar. Acertamos: em Osório, para nossa alegria, pelo menos a chuva parou.
Já o vento... ah, esse foi companheiro fiel e permanente até Gravataí. Que dureza!
Na serrinha de Santo Antônio da Patrulha, tivemos uma grata surpresa: estávamos passando por um vilarejo quando vimos três ciclistas parados na beira da estrada, lanchando. Um deles nos enxergou, largou o sanduíche e atravessou correndo a RS-030, já com os braços abertos e um baita sorriso na cara: o Leonardo Esch, um velho amigo da estrada (que também já foi ao Chile de bicicleta, já remou por todo o Rio Caí num caiaque, até o Jacuí e, desse, até as docas de Porto Alegre, que é metido a Professor Pardal das bicicletas, criando acessórios e equipamentos para facilitar suas viagens cicloturísticas, meio maluco, deu pra ver, não é? eh, eh... mas gente boa umas quantas vezes!). Estava se dirigindo, junto com seu pai (de 70 anos!!!) e um amigo, para a Praia de Rondinha, em Torres. Provinham de Nova Petrópolis e já haviam feito 110km só de manhã, o veterano acompanhando a gurizada, esbanjando saúde e alegria, sem medo de ser feliz... um exemplo para quem acha que a idade avançada é um empecilho ao ciclismo.
Conversamos, rimos, trocamos ideia sobre nossa viagem, nos despedimos e seguimos viagem.
(Constatação: encontrar amigos e conhecidos na estrada, ao acaso, é um grande barato. O Augusto ficou impressionado de como os caminhos podem se cruzar quando estamos no trecho...).
A 7km do nosso destino, furou o pneu dianteiro da minha bicicleta. Desmontei e roda e percebi que a fita isolante, que protege a câmara das cabeças dos raios, havia se deslocado. Serviço para a volta: dar uma geral nas rodas e evitar o desagradável contratempo de ter que consertar pneu furado na beira da estrada.
Pois bem: após 125 km percorridos, passamos a peregrinar pelos hotéis de Gravataí em busca de um lugar para pernoitarmos. Nada! Nem no saguão da recepção! Por conta da parada da fábrica da GM para ampliação do seu parque industrial, os hotéis lotaram. Acabamos dormindo num motel, 5km mais à frente, ainda na RS-118. Tive que explicar ao Paulo Augusto o porque de luzes vermelhas, azuis, espelho no teto, cama redonda, dois pares de chinelo no banheiro, preservativos estrategicamente espalhados pelo quarto... pior foi quando ele sintonizou o canal interno de TV, com cenas de sexo explícito, e tudo o que já falamos sobre sexo na teoria ele, sem querer, visualizou. Fazer o quê...
Pelo menos o quarto estava limpo, higienizado e o banho quente. "Desmaiamos", um sono reparador para enfrentarmos o último dia de nossa viagem, na quinta-feira (26).
Bait'abraço a todos!

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