terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Finalmente, a Serra do Rio do Rastro!

Buenas, pessoal!
No último domingo (22), finalmente chegamos à beira da Serra do Rio do Rastro, um dos trechos mais aguardados da nossa viagem cicloturística pelo altiplano catarinense!
Quando o Augusto parou no mirante, a 1.470m de altitude, em meio a dezenas de turistas de todas as partes do Brasil, olhou para baixo e não enxergou o início da descida, somente a estrada já ao longe, uns 500 metros mais funda do que o local onde estávamos, gelou! Chegou a dar um suspiro de tão surpreso que ficou!
Me perguntou, então: "Pai, por onde nós vamos descer, meu Deus?" Tive que rir da sua surpresa! Sem dúvida, o Patrão Velho estava inspirado quando moldou esse lugar!
Saímos na direção sul e, um quilômetro após o mirante, iniciamos a mais louca, mais emocionante, mais inesquecível descida!!! 16 quilômetros encosta abaixo, vendo os caminhões manobrarem para frente e para trás a fim de vencerem os "cotovelos" da estrada, os freios a disco das bicicletas chiando da força que fazíamos para segurá-las, pesadas que estavam por carregadas com toda nossa bagagem...
Atrás de nós, alguns carros seguiam-nos, com os caroneiros meio corpo fora, filmando nossa descida... E, a 20km/h, éramos mais rápidos que eles.
A cada curva uma cascata, uma queda d'água, uma gruta, uma fenda, o asfalto todo corrugado para permitir a tração em dias de chuva e neve, a floresta do Parque Estadual da Serra do Rio do Rastro totalmente preservada, olha... é um lugar único!
De repente, um susto (e que susto!):
Eu estava descendo o trecho do "caracol" quando ouvi, bem acima, o barulho de alguma coisa rolando encosta abaixo, abrindo caminho entre árvores e pedras. Não demorou, PLAFT!!! uma pedra do tamanho da cabeça de uma pessoa espatifou-se do lado da minha bicicleta, quebrando-se em muitos pedaços, que inclusive atingiram suas rodas! Por meio metro não fui atingido na cabeça!
O Augusto, a quem eu determinara que ficasse atrás de mim, assistiu à queda e ao estouro da pedra exatamente ao lado da minha bicicleta! Tivemos que parar alguns metros adiante para ambos nos refazermos... Ele só dizia: "Pai, tu podias ter morrido!", as lágrimas caindo abundantes! O pior é que tenho que reconhecer que ele estava com a razão... Foi por pouco, muito pouco!
Refeitos, reiniciamos a jornada de descida da Serra e, 01 hora depois, deixamo-la para trás... Mas a verdade é que nem bem fizemos a primeira curva no "chão" e ambos já estávamos com saudades daquele lugar...
Almoçamos em Guatá, passamos por Lauro Muller, e tocamos até Orleans, onde vamos pernoitar.
No almoço, junto com nossos novos amigos de Paraguaçu Paulista, o Dênis e a Inez, o assunto foi aquela descida. Eles, de moto, estavam emocionados, imaginem nós dois, de bicicleta!
Valeu! Foi uma experiência marcante para nós! Inesquecível!
(as fotos são responsabilidade do Augusto)
Bait'abraço!

Um comentário:

  1. é isto ai tche, tem q ter emocao. Agora vem a parte facil da aventura. Estamos ligado na tua viagem. Um grande abraco.

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