Buenas, pessoal!
No último domingo (22), finalmente chegamos à beira da Serra do Rio do Rastro, um dos trechos mais aguardados da nossa viagem cicloturística pelo altiplano catarinense!
Quando o Augusto parou no mirante, a 1.470m de altitude, em meio a dezenas de turistas de todas as partes do Brasil, olhou para baixo e não enxergou o início da descida, somente a estrada já ao longe, uns 500 metros mais funda do que o local onde estávamos, gelou! Chegou a dar um suspiro de tão surpreso que ficou!
Me perguntou, então: "Pai, por onde nós vamos descer, meu Deus?" Tive que rir da sua surpresa! Sem dúvida, o Patrão Velho estava inspirado quando moldou esse lugar!
Saímos na direção sul e, um quilômetro após o mirante, iniciamos a mais louca, mais emocionante, mais inesquecível descida!!! 16 quilômetros encosta abaixo, vendo os caminhões manobrarem para frente e para trás a fim de vencerem os "cotovelos" da estrada, os freios a disco das bicicletas chiando da força que fazíamos para segurá-las, pesadas que estavam por carregadas com toda nossa bagagem...
Atrás de nós, alguns carros seguiam-nos, com os caroneiros meio corpo fora, filmando nossa descida... E, a 20km/h, éramos mais rápidos que eles.
A cada curva uma cascata, uma queda d'água, uma gruta, uma fenda, o asfalto todo corrugado para permitir a tração em dias de chuva e neve, a floresta do Parque Estadual da Serra do Rio do Rastro totalmente preservada, olha... é um lugar único!
De repente, um susto (e que susto!):
Eu estava descendo o trecho do "caracol" quando ouvi, bem acima, o barulho de alguma coisa rolando encosta abaixo, abrindo caminho entre árvores e pedras. Não demorou, PLAFT!!! uma pedra do tamanho da cabeça de uma pessoa espatifou-se do lado da minha bicicleta, quebrando-se em muitos pedaços, que inclusive atingiram suas rodas! Por meio metro não fui atingido na cabeça!
O Augusto, a quem eu determinara que ficasse atrás de mim, assistiu à queda e ao estouro da pedra exatamente ao lado da minha bicicleta! Tivemos que parar alguns metros adiante para ambos nos refazermos... Ele só dizia: "Pai, tu podias ter morrido!", as lágrimas caindo abundantes! O pior é que tenho que reconhecer que ele estava com a razão... Foi por pouco, muito pouco!
Refeitos, reiniciamos a jornada de descida da Serra e, 01 hora depois, deixamo-la para trás... Mas a verdade é que nem bem fizemos a primeira curva no "chão" e ambos já estávamos com saudades daquele lugar...
Almoçamos em Guatá, passamos por Lauro Muller, e tocamos até Orleans, onde vamos pernoitar.
No almoço, junto com nossos novos amigos de Paraguaçu Paulista, o Dênis e a Inez, o assunto foi aquela descida. Eles, de moto, estavam emocionados, imaginem nós dois, de bicicleta!
Valeu! Foi uma experiência marcante para nós! Inesquecível!
(as fotos são responsabilidade do Augusto)
Bait'abraço!
é isto ai tche, tem q ter emocao. Agora vem a parte facil da aventura. Estamos ligado na tua viagem. Um grande abraco.
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