sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O exitoso retorno para casa!

Buenas, pessoal!
Após 11 dias e 892 km percorridos, o Paulo Augusto e eu estacionamos nossas bicicletas em frente à nossa casa, em Montenegro, cidade da região metropolitana de Porto Alegre!
Cansados, sem dúvida, mas muito felizes pela conquista de mais esse desafio: vencer a distância que separava a Praia do Barco, em Capão da Canoa, do altiplano catarinense, e voltar para casa, carregando os 30 kg de bagagem nas "magrelas"!
Nessa percorrida, passamos por Arroio do Sal, Torres, Sombrio, Araranguá, Criciúma, Orleans, Braço do Norte e Grão-Pará. Subimos a Serra do Corvo Branco (que lugar!!!), o Morro da Igreja (que lugar!!!), e seguimos por Urubici e Bom Jardim da Serra, para descermos a Serra do Rio do Rastro (que lugar!!!), cruzamos por Lauro Muller, Orleans, Criciúma, Araranguá, Sombrio, Torres, Capão da Canoa, Osório, Santo Antônio da Patrulha, Glorinha, Gravataí, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Portão, Capela de Santana e, finalmente, Montenegro.
Mantivemos intacto nosso kit de primeiros socorros (Graças a Deus!), tiramos mais de 150 fotografias, fizemos algumas filmagens, consertamos 4 vezes os pneus das bicicletas, gastamos em torno de R$ 1.700,00 (principalmente em função dos pernoites em hoteis e pousadas), pegamos chuva muitas vezes, mas o verão permitiu suportar o incômodo das roupas molhadas...
Criamos diversos toques nas campainhas das bicicletas: para avisarmos que faríamos uma ultrapassagem, que precisávamos nos aproximar um do outro, que podíamos andar lado a lado, que era preciso acelerar, ih, uma gama de sinais sonoros que facilitou muito nossa comunicação na pedalada...
Conhecemos dezenas de pessoas, conversamos com muita gente, fizemos novos amigos (o Dênis e a Inez, de Paraguaçu Paulista, que o digam), rimos, choramos, cantamos, assobiamos, rezamos diariamente em voz alta à Nossa Senhora, pedindo à nossa Mãe que nos protegesse e cuidasse de nós no trecho daquele dia...
E principalmente CONVIVEMOS! Permanecer as 24 horas do dia, durante 11 dias, um ao lado do outro, compartilhando todos os momentos, foi uma grande experiência!
Conheci um outro Paulo Augusto: divertido, espirituoso, orgulhoso, persistente (teimoso até!), concentrado, sensível, características que em alguns momentos representavam méritos, em outros deméritos, mas tudo valeu à pena!
(Espero que ele também tenha conhecido um outro pai, melhor do que aquele que diariamente convivia com ele antes da viagem...)
Bait'abraço a todos!

A maior pedalada!

Buenas, pessoal!
Tivemos um dia muito peculiar na estrada nesta 4ª-feira (25)! A ideia de chegarmos em Gravataí, provindos da Praia do Barco (em Capão da Canoa), nos obrigou a enfrentarmos situações muito diversas e adversas.
Primeiro, porque quando arrancamos, às 07h, chovia forte na praia, um terrível vento sudoeste "guasqueando" a chuva. Andamos 10 km e a dificuldade era tão grande que chegamos a cogitar a possibilidade de retornarmos à casa onde pernoitamos para aguardar a melhora do tempo. Mas, como um bom gaúcho nunca foge do bicho sem ver a cor do pelo, decidimos continuar. Acertamos: em Osório, para nossa alegria, pelo menos a chuva parou.
Já o vento... ah, esse foi companheiro fiel e permanente até Gravataí. Que dureza!
Na serrinha de Santo Antônio da Patrulha, tivemos uma grata surpresa: estávamos passando por um vilarejo quando vimos três ciclistas parados na beira da estrada, lanchando. Um deles nos enxergou, largou o sanduíche e atravessou correndo a RS-030, já com os braços abertos e um baita sorriso na cara: o Leonardo Esch, um velho amigo da estrada (que também já foi ao Chile de bicicleta, já remou por todo o Rio Caí num caiaque, até o Jacuí e, desse, até as docas de Porto Alegre, que é metido a Professor Pardal das bicicletas, criando acessórios e equipamentos para facilitar suas viagens cicloturísticas, meio maluco, deu pra ver, não é? eh, eh... mas gente boa umas quantas vezes!). Estava se dirigindo, junto com seu pai (de 70 anos!!!) e um amigo, para a Praia de Rondinha, em Torres. Provinham de Nova Petrópolis e já haviam feito 110km só de manhã, o veterano acompanhando a gurizada, esbanjando saúde e alegria, sem medo de ser feliz... um exemplo para quem acha que a idade avançada é um empecilho ao ciclismo.
Conversamos, rimos, trocamos ideia sobre nossa viagem, nos despedimos e seguimos viagem.
(Constatação: encontrar amigos e conhecidos na estrada, ao acaso, é um grande barato. O Augusto ficou impressionado de como os caminhos podem se cruzar quando estamos no trecho...).
A 7km do nosso destino, furou o pneu dianteiro da minha bicicleta. Desmontei e roda e percebi que a fita isolante, que protege a câmara das cabeças dos raios, havia se deslocado. Serviço para a volta: dar uma geral nas rodas e evitar o desagradável contratempo de ter que consertar pneu furado na beira da estrada.
Pois bem: após 125 km percorridos, passamos a peregrinar pelos hotéis de Gravataí em busca de um lugar para pernoitarmos. Nada! Nem no saguão da recepção! Por conta da parada da fábrica da GM para ampliação do seu parque industrial, os hotéis lotaram. Acabamos dormindo num motel, 5km mais à frente, ainda na RS-118. Tive que explicar ao Paulo Augusto o porque de luzes vermelhas, azuis, espelho no teto, cama redonda, dois pares de chinelo no banheiro, preservativos estrategicamente espalhados pelo quarto... pior foi quando ele sintonizou o canal interno de TV, com cenas de sexo explícito, e tudo o que já falamos sobre sexo na teoria ele, sem querer, visualizou. Fazer o quê...
Pelo menos o quarto estava limpo, higienizado e o banho quente. "Desmaiamos", um sono reparador para enfrentarmos o último dia de nossa viagem, na quinta-feira (26).
Bait'abraço a todos!

Rumo à casa!

Buenas, pessoal!
Na 3ª-feira 24, cedo da manhã, o Paulo Augusto e eu carregamos novamente as bicicletas que nos têm acompanhado nesta grande aventura, e tomamos o rumo do sul.
Como é bom voltar ao Rio Grande!!!
De Sombrio até a Praia do Barco, em Capão da Canoa, foram 90 km pela BR-101, no seu melhor trecho: está duplicada em todo esse trajeto, com um acostamento liso e largo, excelente para uma pedalada matinal. Com vento a favor, então, ficou de graça!
Ao meio-dia, já transitando na Estrada do Mar, próximo ao Balneário de Arroio Teixeira, com um calor infernal, não resistimos à tentação e tomamos o banho mais refrescante que pode existir, num daqueles incontáveis açudezinhos que há na beira da rodovia. O terreno arenoso garante água limpa, quase morna, e ficamos mais de meia-hora "quarando", sob o olhar espantado dos motoristas que passavam o local... afinal, o que significavam aquelas duas bicicletas carregadas na beira da estrada, no meio do nada, dois pares de calçados do lado, capacetes e... ninguém por perto? Se parassem, contudo, nos encontrariam, só os olhos de fora, murchando n'água... Foi muito bom!
Outro lance bacana da viagem desse dia foi que, após o almoço num posto de gasolina, em torno das 14h, esticamos, debaixo de um eucalipto, uma lona que levamos conosco e tiramos aquela soneca reparadora, depois de termos nos dado ao tempo de ouvir os pássaros ao redor, o gado mugindo, um vento norte soprando quente... Dormi de sonhar! Só acordamos, no susto, porque uma nuvem de chuva estava passando e tivemos que fugir dos pingões que caíam, eh, eh...
São esses momentos que marcam uma viagem assim: o barulho da natureza, só perceptível a quem quer ouvi-lo, a oportunidade de interagir com o ambiente que circunda a estrada graças ao silêncio das bicicletas, a companhia de quem se quer bem, tudo de bom...
Chegamos em Capão da Canoa às 17h, na casa da sogrinha, que já havia programado uma massa com bastante molho para o genro e o neto cicloturistas... querida!
Bait'abraço a todos!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Já estamos no chão!

Buenas, pessoal!
Ontem (segunda, 23), o Augusto e eu acordamos cedo em Orleans, despedimo-nos efusivamente de nossos amigos Denis e Inez (que compartilharam seu tempo conosco por 4 dias, uma grande companhia! e agora seguem para Paraguaçu Paulista), e seguimos em direção a Sombrio.
Exatos 100 km depois chegamos, favorecidos pelo relevo mais plano e o vento leste que ajudou a suportar um pouco o calor infernal que está fazendo em Santa Catarina. Pra se ter uma ideia do que estamos enfrentando, em Maracajá, às 15h, fazia 34ºC. De derreter!
Passamos pelo aglomerado urbano e nos alojamos na Pousada Furnas, composta por cabanas espalhadas num imenso terreno. Calorentas, baixinhas, tapadas de mosquitos, sem ar-condicionado, vou dizer... ficamos mais de meia-hora caçando a insetama antes de podermos dormir. Claro, com o ventilador apontado para nós, e grudentos de tanto repelente que passamos. Que fazer... melhor do que dormir no chão do posto de combustível, como em Grão-Pará...
A par de todas essas circunstâncias, outra vez tenho que reconhecer a imensa força de vontade do Augusto! Com apenas 47 quilos, tracionando lomba acima, lomba abaixo, sua bicicleta carregada, vencendo trechos que qualquer ciclista veterano respeitaria, tem sido uma grata surpresa. Nesse percurso até Sombrio batemos na casa dos 600 km, média de 75 km por dia, a meu ver um excelente desempenho do rapaz. E o mais engraçado é ouvi-lo planejar suas próximas viagens de bicicleta, para visitar parentes, amigos, nada a menos do que 50 km de distância... foi "infectado" pela "doença" estrada-pedal!
Mais uma vez, obrigado a todos que estão acompanhando o blog e postando seus comentários. Temos rido e nos emocionado com as frases de apoio, com a corneta, com os votos de sucesso, e, assim, vamos avançando. Agora, já rumo à casa.
Bait'abraço a todos!

Outras fotos!

Mais algumas fotos (dos últimos dias, com legenda), para nossos familiares e amigos curtirem!


O Augusto descansando na cascata que existe na Rodovia entre Urubici e Bom Jardim da Serra.

A vastidão (e beleza) do altiplano catarinense



Chegando na Serra do Rio do Rastro....

A imagem que vimos do mirante!

Morro abaixo!!!

Bait'abraço!

Finalmente, a Serra do Rio do Rastro!

Buenas, pessoal!
No último domingo (22), finalmente chegamos à beira da Serra do Rio do Rastro, um dos trechos mais aguardados da nossa viagem cicloturística pelo altiplano catarinense!
Quando o Augusto parou no mirante, a 1.470m de altitude, em meio a dezenas de turistas de todas as partes do Brasil, olhou para baixo e não enxergou o início da descida, somente a estrada já ao longe, uns 500 metros mais funda do que o local onde estávamos, gelou! Chegou a dar um suspiro de tão surpreso que ficou!
Me perguntou, então: "Pai, por onde nós vamos descer, meu Deus?" Tive que rir da sua surpresa! Sem dúvida, o Patrão Velho estava inspirado quando moldou esse lugar!
Saímos na direção sul e, um quilômetro após o mirante, iniciamos a mais louca, mais emocionante, mais inesquecível descida!!! 16 quilômetros encosta abaixo, vendo os caminhões manobrarem para frente e para trás a fim de vencerem os "cotovelos" da estrada, os freios a disco das bicicletas chiando da força que fazíamos para segurá-las, pesadas que estavam por carregadas com toda nossa bagagem...
Atrás de nós, alguns carros seguiam-nos, com os caroneiros meio corpo fora, filmando nossa descida... E, a 20km/h, éramos mais rápidos que eles.
A cada curva uma cascata, uma queda d'água, uma gruta, uma fenda, o asfalto todo corrugado para permitir a tração em dias de chuva e neve, a floresta do Parque Estadual da Serra do Rio do Rastro totalmente preservada, olha... é um lugar único!
De repente, um susto (e que susto!):
Eu estava descendo o trecho do "caracol" quando ouvi, bem acima, o barulho de alguma coisa rolando encosta abaixo, abrindo caminho entre árvores e pedras. Não demorou, PLAFT!!! uma pedra do tamanho da cabeça de uma pessoa espatifou-se do lado da minha bicicleta, quebrando-se em muitos pedaços, que inclusive atingiram suas rodas! Por meio metro não fui atingido na cabeça!
O Augusto, a quem eu determinara que ficasse atrás de mim, assistiu à queda e ao estouro da pedra exatamente ao lado da minha bicicleta! Tivemos que parar alguns metros adiante para ambos nos refazermos... Ele só dizia: "Pai, tu podias ter morrido!", as lágrimas caindo abundantes! O pior é que tenho que reconhecer que ele estava com a razão... Foi por pouco, muito pouco!
Refeitos, reiniciamos a jornada de descida da Serra e, 01 hora depois, deixamo-la para trás... Mas a verdade é que nem bem fizemos a primeira curva no "chão" e ambos já estávamos com saudades daquele lugar...
Almoçamos em Guatá, passamos por Lauro Muller, e tocamos até Orleans, onde vamos pernoitar.
No almoço, junto com nossos novos amigos de Paraguaçu Paulista, o Dênis e a Inez, o assunto foi aquela descida. Eles, de moto, estavam emocionados, imaginem nós dois, de bicicleta!
Valeu! Foi uma experiência marcante para nós! Inesquecível!
(as fotos são responsabilidade do Augusto)
Bait'abraço!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Rumo à Serra do Rio do Rastro

Buenas, pessoal!
Ontem (sábado, 21), o Paulo Augusto e eu resolvemos retardar um pouco a saída para botarmos o sono em dia. Temos acordado cedo e dormido tarde desde o início da viagem, e a subida da Serra do Corvo Branco, na5ª-feira, e do Morro da Igreja, na 6ª-feira, exigiram de nós um grande esforço - principalmente do Augusto, que está esgotado física e mentalmente.
Assim, somente às 08h30min pusemos as bicicletas na estrada.
O que não esperávamos era encontrar, logo no final do perímetro urbano de Urubici (onde pernoitamos), uma subida de 13 km, sem uma "folga" sequer!!! As curvas foram se sucedendo, o vale afundando na paisagem, e nada de chegarmos no topo! A falta de conhecimento prévio daquele aclive tão extenso nos pegou desconcentrados, e posso garantir que isso dificultou em muito a subida.
Bah, daí para a frente a topografia acidentada, as lombas quilométricas, a falta daquilo que chamo de "recurso de acostamento" - lanchonetes, bicas d'água, sombra, postos de combustível -, cobrou seu preço! Nos "arrastamos" na estrada, e demoramos 12 h para completarmos um percurso pequeno se o critério for quilômetros (75), mas terrível se o critério for relevo.
Até porque ao meio-dia desabou um temporal, e ficamos mais de 01 hora na garagem de uma casa, esperando a chuva passar! Em agradecimento pela acolhida da moradora e de seus filhos a dois estranhos montados em bicicletas, presenteei-a com os pacotes de massa pronta que levávamos junto. Foi o único regalo que me ocorreu de dar, pois não levo nada comigo que não seja absolutamente necessário... quem sabe na próxima vez não compro umas canetas, uns isqueiros, para situações como essa? É de se pensar...
Às 16h o Augusto acusou o golpe: diante de uma imensa subida, parou a bicicleta e não conseguiu mais pedalar. Por sorte, estávamos num vilarejo, e um Gatorade, dois mixtos-quentes, uma cocada bem doce e uma boa conversa trouxeram-no de volta à concentração e devolveram-lhe a vontade de continuar.
Graças a Deus, finalmente às 20h chegamos na Pousada Santa Vitória, em Bom Jardim da Serra! Uma ótima janta, e aquela cama quente, limpa e cheirosa, foram o remédio que o Augusto e eu precisávamos para nos recuperar totalmente.
Que dia!
Hoje, então, foi o dia da descida da Serra do Rio do Rastro! Não pode haver emoção maior para um cicloturista!
(conto na próxima postagem)
Bait'abraço a todos!

Algumas fotos.

E aí galera!
A pedido do pai, fiz a seleção de algumas fotos da Serra do Corvo e do Morro da Igreja.

Subida da Serra do Corvo Branco
Penhasco...
Vencedores!
No pé do maior morro sul-brasileiro.
Morro da Igreja. Uma subida dentro da outra. Ao fundo, o radar do CINDACTADenis e Inez no Morro da Igreja. À esquerda a Pedra Furada.


Cascata Véu de Noiva.
Família alemã.


Abraço!

O Morro da Igreja!

Na 6ª-feira passada, após termos vencido um desafio quase intransponível que foi subir a Serra do Corvo Branco de bicicleta, carregados de bagagem (e adoro a palavra "quase" porque, nesta viagem, ainda não descobrimos o nosso limite), o Paulo Augusto e eu acordamos cedo na Pousada Professor Verto, em Urubici - dos fantásticos anfitriões, o Verto e a Sandra -, desafixamos a bagagem das magrelas e nos dirigimos ao Morro da Igreja, o ponto mais alto do sul do Brasil, por onde se chega também pela estrada asfaltada mais alta do Brasil, e que tem, no seu topo, o radar do Sindacta, responsável pelo monitoramento do espaço aéreo nesta região do País.
Que subida! 17 quilômetros morro acima, a cada nova curva uma nova paisagem, uma nova vertente, novos animais, estávamos embasbacados com a beleza do lugar!
E, para nossa sorte, o tempo firme permitiu-nos a quilômetros de distância enxergarmos o topo da montanha, os radares, o alojamento dos soldados da Aeronáutica e - o mais bonito de tudo! -a Pedra Furada, uma imensa formação rochosa centenas de metros abaixo do topo, com um "portal" em seu meio, uma obra de arte que o vento e a água criaram!
Além do mais, tivemos outra vez a agradável companhia do Denis e da Inez, a quem encontramos ontem na Serra do Corvo Branco, com quem fizemos amizade, e que hoje nos brindaram, na chegada no alto do Morro da Igreja, com uma sacola das ameixas vermelhas mais doces que já comemos! Gente de conversa amena, divertidos, espirituosos, nossas gargalhadas se faziam ouvir ao longe...
Conhecemos também um casal de alemães, com seus três filhos, que vieram de carro do Rio de Janeiro atrás das belas paisagens desta região, um casal de curitibanos (com quem almoçamos depois, na Cascata Véu de Noiva, mais o Denis e a Inez), soldados da Aeronáutica de diversos lugares do Brasil... aquele lugar mágico recebe pessoas de todas as origens!
Voltamos às 15h para a Pousada do Professor, convencidos de que, pela subida de ontem, e pelo passeio de hoje, já valeu à pena todo o planejamento, toda a organização e todo o empenho para chegarmos.
Santa Catarina é, sem dúvida, um dos lugares mais bonitos desse nosso Brasil!
Bait'abraço!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

"Avançar é enfrentar desafios e vencê-los"!

Buenas, pessoal!
Usando como título uma frase que lemos em um outdoor na estrada, queremos relatar o dia de hoje, que foi sem dúvida uma das experiências mais marcantes da nossa ainda prematura convivência (afinal, o Augusto tem apenas 14 anos).
Saímos de Grão-Pará às 07h da manhã, após termos dormido no chão de um galpão de posto de gasolina (porque não há hotéis, motéis, pousadas, albergues, nada, na cidade). Uma noite mal dormida em preparação ao dia mais difícil dessa jornada! Só mais um dos tantos temperos desse dia inesquecível...
Tínhamos 30 km de chão batido para percorrer, até o topo da Serra do Corvo Branco. Os primeiros 18, até a localidade de Aiurê, acompanhando o curso do rio. Incontáveis subidas e descidas, numa estrada estreita, pedregosa, movimentada, esburacada... Duas horas depois, iniciamos o segundo trecho, de 12 km.
(Fiz uma pausa no relato, porque por bons minutos tentei organizar os pensamentos para relatar nossa façanha...)
A primeira subida, de 2km, já me fez apear da Caloi e empurrá-la moro acima. Afinal, ela está com 30 kg de bagagem. O Augusto, concentrado, focado, atrevido, subiu pedalando (apesar da bicicleta também bem carregada). Os 6 km seguintes foram de um esforço hercúleo para vencer aclives tão acentuados. Eu nem me abalava: ao ver a estrada sumir, morro acima, em meio às árvores, já descia para empurrá-la novamente. O Augusto bem que tentou continuar pedalando, mas tantas vezes o pneu derrapou na brita solta, que acabou adotando também a minha estratégia.
Já era perto do meio-dia, um lugar exuberante mas sem qualquer recurso, devoramos tudo o que tínhamos nos alforjes (banana, pêssego, mariola, mandolate, bolacha, foi nosso almoço), e chegamos finalmente ao pé da serra. No primeiro aclive da encosta, pela primeira vez vi o Augusto tremer e balbuciar: "Acho que não vai dar". Era a subida mais estúpida que alguém pode imaginar: uma brita miúda, a estrada estreita, de um lado o perau, de outro a pedra, ficamos quase 01 hora parados até ele retomar a concentração e se sentir preparado mentalmente para esse inimaginável desafio!
E aí a paisagem foi se descortinando! Quanto mais subíamos, mais bonitos eram os lugares, mas exuberante a natureza, mais pura a água, o gigantesco esforço para mantermos as bicicletas embicadas era recompensado a cada curva.
Pra se ter uma ideia do que foi esse subida, entramos na encosta da serra às 12h30min e saímos dela às 16h, praticamente 01km por hora. O Augusto beirou à exaustão, e mudamos a tática: eu subia uns 200m empurrando minha bicicleta enquanto ele ficava parado segurando a sua. Então eu descia, trazia a sua para junto da minha enquanto ele se "recuperava". Foi um esforço mental que me lembrou muito a subida dos Andes e o seu grau de dificuldade.
Chegamos em Urubici às 18h, exaustos, combalidos, mas nos sentindo vitoriosos! O Augusto, particularmente, foi um gigante! Estou muito, muito, muito orgulhoso da sua determinação e da sua coragem!
Amanhã vamos tirar os alforjes das bicicletas e subir ao Morro da Igreja, a 1.822m de altitude - o ponto mais alto do sul do Brasil e a estrada asfaltada mais alta do nosso País.
Como prentendemos chegar cedo de volta, prometo postar as fotos. Agora estou muito cansado e preciso ir dormir.
Bait'abraço a todos!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Um dia bem mais difícil...

Oi gente!
Dessa vez eu e o pai enfrentamos o pior dia da viagem.
Primeiro devido ao trecho enfrentado, muitas subidas e descidas. É, pelo visto saímos mesmo do trecho litorâneo e entramos nos "morros". Eles trazem muitas dificuldades (uma hora me faltou o ar e eu e o pai tivemos que parar e esperar na estrada até voltar tudo ao normal) mas se sobressaem as lindas paisagens dos morros e campos catarinenses.
Dessa vez, não conseguimos hotel e tivemos que dormir em um posto logo no início da cidade.
O 'coroa' ficou lá neste posto arrumando a barraca e eu vim para uma lan house contar para vocês como foi o dia.
Fizemos o pior trajeto até hoje, nos abrigamos no pior lugar até agora e iremos para o, segundo o pai, pior percurso amanhã, pois subiremos a Serra do Corvo Branco.
Mas estamos motivados, principalmente por vocês! Vamos hoje dormir bem cedo pra ficarmos descansados.
Agora eu vou sair.
Até amanhã, pessoal! Postarei as fotos de ontem e de hoje.
Abraço!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Santa Catarina sendo desbravada!

Buenas, pessoal!
Estamos começando a nos acostumar com o inconfundível sotaque dos catarinas! Um exemplar acabado desse "espécime" é o recepcionista do Hotel onde estamos hospedados, em Criciúma. Neste momento (22h30min), ele está "cantando" a fala enquanto acolhe mais um hóspede... O Paulo Augusto ficou tão impressionado com a "melodia" da gente desta terra que rapidinho passou a imitá-los. Prá bobagem, a cabeça desses guris funciona numa velocidade que, olha!
O piá já comentou do tombo que levou no acostamento da BR-101. Parado, esqueceu-se da pedaleira e não destravou o pé a tempo. Só ouvi o barulho e já enxerguei uma mistura de alforje, gente, roda, protetor solar, colchonete, tudo no chão. Dá uma nota pro guri... Mas Graças a Deus não se machucou com gravidade, apenas uma batida no ombro que algumas horas depois não incomodava mais.
Não demorou, furou o pneu da bicicleta dele. Aproveitando a proximidade de uma borracharia, já desmontei a roda e consertamos as duas câmaras. Furo no cicloturismo faz parte.
As paisagens do lado catarinense surpreendem: imensos arrozais, verdinhos, cachos de banana pendurados nas fachadas das tendas, subidas e descidas fortes, as montanhas nos acompanhando a oeste, acho até que nos aguardando para o maior desafio da viagem, que é o de subir a Serra do Corvo Branco...
Numa loja de bicicletas muito grande que há aqui em Criciúma (que inclusive patrocina a Equipe Brasileira Juvenil de Ciclismo), soube que essa serra tem 3 km de forte subida em seu início, 5 km alternando subidas e chatos, e os 4 km finais a pique. Alguns ciclistas que já cruzaram esse trecho contaram peripécias para vencerem-no, pois de altissimo grau de dificuldade. Cada vez me convenço mais que a caminhada será a regra, a pedalada a exceção, em função do peso dos alforjes.
Pra quem gosta de estatística, vale lembrar que já percorremos 170 km, e amanhã pretendemos chegar em Grão Pará, cruzando por Urussanga e Braço do Norte. Mais uns 80 km, nessa jornada muito legal pela terra de Anita Garibáldi, de Nereu Ramos, de Hercílio Luz, de tanta gente importante que ajudou a construir a história do Brasil.
Bait'abraço!

Susto, alegria, imprevistos, mas um ótimo segundo dia...

E aí leitores!
Depois de uma curta mas merecida noite de sono, eu (o Petry 'filho') e o Petry 'pai' fomos à estrada. Havíamos feito 40 km, mais ou menos 1 hora de pedal, quando eu, atrás do "coroa", vi que, pela segunda vez na viagem, o pneu dele furou. Meu pai parou na beira da estrada para pedir informaçoes a um homem que roçava às margens da imensa BR-101. Eu, como de costume, parei atrás dele, mas a correia do pedal deixa apenas eu tirar o pé do pedal para trás e eu, "bocaberta", puxei o pé direto para o lado. Foi um tombo inteiro. Caí que nem um, desculpem-me o termo, "saco de farinha" no chão. Sorte minha é que caí no acostamento, então eu pude me levantar sem problema. Ufa! O meu coração parou, e o do meu pai então... Nao quebrou nada na bicicleta, mas o tombo me deu um roxo no braço e uma lição: da próxima vez, tirar o pé da correia antes! Como o borracheiro mais perto estava a 2 ou 3 km, o jeito foi nós mesmos arrumarmos... Pouco tempo depois continuamos a seguir o percurso.
Perto de Criciúma encontramos uma lomba terrível onde tive que usar a marcha mais leve das 21 da bicicleta para conseguir subir. Mas cheguei no topo antes que o veterano que vinha pingando suor (tanto quanto eu) lá atrás.
Contabilizamos um número muito triste: nesses 2 dias de viagem, encontramos 22 animais mortos em atropelamentos na faixa. Passarinhos, gambás, cachorros, sapos...
Já à tardinha, em Criciúma, vimos uma loja de bicicleta como eu nunca tinha visto. Gigantesca e linda. Bicicletas muito caras mas muito boas. Depois encontramos um hotel indicado pelo Maninho, dessa mesma loja. E utitizando a internet muito boa desse hotel, pudemos pôr em dia o blog e as conversas com os amigos de Montenegro pelo MSN.
Amanhã, mais uma grande jornada, até o pé da Serra do Corvo Branco. Desejem-nos sorte. Vamos precisar!
Um grande abraço a todos! (Pra não copiar o do Paulo Renato) rsrsrs.

Um início de jornada promissor!

(leiam também essa postagem como se tivesse sido publicada em 16/01/12)
Buenas, pessoal!
Agora quem escreve é o Paulo-pai.
Finalmente estou na estrada! De novo, me permito a oportunidade de protagonizar um desafio sobre duas rodas, movido pela paixão pelo ciclismo, pela chance de conhecer gente nova, outras culturas, e de me deixar surpreender pelos fatos e situações que vão se sucedendo a cada novo giro do pedivela.
Hoje não foi diferente!
A primeira novidade, sem dúvida, é a presença do Paulo Augusto nesta percorrida. Depois de alguns meses organizando este projeto, e de muito treino nos finais-de-semana, pela primeira vez tenho um companheiro de estrada.
O piá hoje se comportou muito bem, devo reconhecer... Mudamos o plano inicial de percorrermos 80 km, aumentando o trajeto para 100 km, e o guri suportou bravamente as primeiras subidas e descidas da BR-101, já no lado catarinense nesses 20 km não... digamos assim... previstos.
Agora, outra surpresa (que o Paulo Augusto já antecipou na sua postagem), foi o encontro inesperado, mas muito legal, com alguns amigos "virtuais" que ganhei, por conta dessas andanças. Explico: quando da minha viagem ao Chile de bicicleta, três ciclistas de Itapetininga-SP fizeram algumas perguntas, pois tencionavam cumprir o mesmo roteiro. Isso foi em março...
Pois hoje, em plena Estrada do Mar, ao divisar ao longe um cicloturista, fui ao seu encontro e - meu Deus do Céu! - era um dos três paulistas, já em marcha rumo a Santiago do Chile. Aguardamos alguns minutos e chegaram o Giba e o José Luiz. Quando nos demos a conhecer, a alegria tomou conta do quinteto, um falando por cima do outro, bendizendo a felicidade desse encontro inesperado. Ficarão quarenta dias na estrada, percorrendo uma média diária de 100 km.
A parceria do Paulo Augusto e esse encontro já valeram a viagem!
Amanhã, o destino é Criciúma. Permaneceremos transitando pela movimentada e perigosa BR-101, mas a duplicação da Rodovia acrescentou, em alguns trechos, uma via lateral, de excelente pavimentação e trânsito mínimo, um alívio.
Bait'abraço (o original...)

Saímos!

(leiam essa postagem como se tivesse sido publicada em 16/01/12).
E aí, galera!
Dessa vez, eu, o Paulo Petry "filho", é quem escreve...
Hoje, às 07h05min, partimos da casa da minha querida avó para cumprirmos o difícil e grande trajeto dessa minha primeira viagem de bicicleta.
Havíamos feito cerca de 40 km na Estrada do Mar quando, em Arroio do Sal, outro cicloturista (identificado ao longe pelas bagagens e alforjes) deu-se a ver. Meu pai, que não nega ser curioso, foi reto ao seu encontro. Depois de um papo rápido, o homem, de apelido "Toninho, e que vinha pedalando de Itapetininga-SP, soube com certeza quem meu pai era. Ambos participavam de uma rede na web de cicloturistas, mas isso o "coroa" explica melhor depois.
O Toninho tem 65 anos e vinha "dando pata pro gateado", pedalava em ritmo muito forte. Ele nos fez esperar até que o Giba e o José Luiz, que também conheciam meu pai desse site, chegassem.
Tudo foi uma grande festa. Ficamos parados por mais de meia-hora, e brindando aquele encontro tão emocionante com uma coca-cola que chegava a estar quente (mas só quem pedala sabe o quanto é boa uma coca-cola para repor um pouco das energias). Aquele encontro tão bonito quanto inusitado me fez entender um pouco de o que é a estrada, e as emoções que ela pode nos proporcionar. É incrível a coincidência ocorrida.
Mas, voltemos ao que lhes e nos interessa: a viagem...
Estamos hospedados em uma pousada bem simpática na cidade de Sombrio-SC. Percorremos 102 km hoje, o que, de certa forma, foi bom, pois diminuiu bastante o caminho de amanhã, mas por outro lado nos deixou mais cansados para o desafio do dia seguinte. Mas amanhã é outro dia, e veremos como as coisas vão ocorrer.
Confesso que pensei que não conseguiria completar 80 km num dia, mas me impressionei ao ver que todos os treinos rotineiros deram frutos bons, porque às 16h30min já estávamos hospedados. EU NUNCA COMI TANTO NUMA JANTA EM TODA A MINHA VIDA!!! A fadiga era grande, deitei para cochilar e acordei três horas depois. O que faz essa viagem... Voltarei gordo, assim espero. rsrsrs
De minha parte é isso aí. Agora o "vetera" vai escrever e contar com mais detalhes o primeiro dia.
Bait'abraço! (copiando do "vetera")


Nossa saída da casa da minha avó.



Passando pelo Ácqua Lokos, percorridos 20km.


Giba, Toninho, José Luiz e meu pai. Grande encontro!



Moinho em uma tenda. Depois de um copo de caldo de cana (guarapa) muuuuuuito doce!

Torres, ainda no Rio Grande.

Meu pai, ídolo

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Um esboço de roteiro...

Buenas, pessoal!
O Paulo Augusto e eu estamos às voltas com o Google Maps para elaborarmos o roteiro da nossa viagem cicloturística pela serra catarinense.
Viva a tecnologia! Como sou do tempo em que, para organizarmos uma viagem mais longa - do tipo cruzando fronteiras de Estado -, espalhávamos o velho, bom e confiável mapa do Guia Quatro Rodas em cima de uma mesa bem grande, e com uma calculadora íamos somando uma a uma as distâncias, representadas por aqueles números minúsculos em vermelho entre uma cidade e outra ou entre os cruzamentos (olhem que nem faz tanto tempo assim!), tem sido um barato usar o Google Maps para definir nossos prováveis pontos de parada.
A primeira constatação é que, se quisermos chegar em Montenegro pedalando (diferentemente da ideia inicial, de retornarmos à Praia do Barco, em Capão da Canoa), teremos que percorrer em torno de 850 km. Com isso, aumentamos o tempo da percorrida para 11 dias, porque não quero que o piá se judie já na sua primeira viagem: decidimos percorrer em média 80 km/dia.
Estamos também ultimando as adaptações nas bicicletas: ciclocomputador, espelhos retrovisores (dois, pessoal! Esqueçam-se da estética e primem pela segurança!), farol, sinalizador traseiro, bagageiro para os alforjes, alça para a bolsa de guidão, olhos-de-gato, pedaleiras, enfim, o de sempre para uma pedalada segura e sem sobressaltos.
Tive também que refazer a centragem da roda dianteira da bicicleta do guri, usando o sistema conhecido como "guarda-chuva" para compensar o peso do freio a disco que foi instalado. Nem sempre a bicicleta vem afiada para um desafio dessa envergadura, e nada como os treinos diários para irmos providenciando nas correções necessárias.
Bom, está chegando a hora!
Na segunda-feira 16 partiremos, e pretendemos chegar na nossa primeira parada (São João do Sul, já em Santa Catarina) após percorrermos 80km.
Depois, Criciúma, Grão-Pará, Morro da Igreja, Urubici, Lauro Muller, Meleiro, Torres, Osório, Taquara e Montenegro.
Ah, e obrigado às postagens dos primeiros seguidores! Isso é glicose na veia!
Bait'abraço
Paulo Petry (o pai).

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Está chegando a hora!

Buenas, pessoal!
Aproxima-se rapidamente o dia de nossa partida, minha e do meu filho Paulo Augusto, nessa viagem que empreenderemos de bicicleta pela serra catarinense. Definimos o dia 16 de janeiro para iniciarmos a viagem, saindo de Capão da Canoa (onde estamos veraneando) com destino à Serra do Corvo Branco (que tencionamos subir... ou "escalar", como queiram, eh, eh, eh...) e à Serra do Rio do Rastro (que desceremos), para retornarmos ao Rio Grande do Sul, rumo a Montenegro.
As bicicletas que serão nossas companheiras nessa percorrida vieram conosco para o litoral: viajarei novamente com minha velha guerreira, a Caloi Elite 2.7, e o piá fará a viagem com uma Totem Monster, que foi adaptada para o percurso, recebendo também freios a disco (Shimano), suspensão com regulagem (Raleigh) e um novo câmbio (Shimano). Como ficou um pouco mais pesada do que o previsto, pretendo compensar na distribuição da bagagem, de modo que o Paulo Augusto possa praticar uma pedalada regular e segura, sem esforço demasiado. Até porque estaremos fazendo uma viagem cicloturística, quero dizer, nossa intenção é curtirmos a paisagem, conhecermos outras pessoas, convivermos mais intensamente, fazermos algo marcante nas férias, enfim... não estamos muito preocupados com desempenho, velocidade média, recordes...
Ah, lembrei-me agora de referir: um rapaz chamado Rodrigo, repórter esportivo do Jornal Ibiá (diário que circula em Montenegro), interessou-se pela nossa viagem e ficou de colocar uma matéria no Caderno de Esportes, parece que na próxima 2ª-feira, 09. Que legal! O Jornal Ibiá sempre prestigiou as minhas maluquices sobre duas rodas, bem assim as dos demais ciclistas da cidade e da região, incentivo que entendo fundamental para consolidarmos essa opção barata, ecológica e saudável que é o cicloturismo. Não canso de referir que há muitos recantos e paisagens neste Brasil que precisam ser descobertos, e a bicicleta tem que ser considerada também como um meio de transporte eficiente e muito econômico, bastando apenas que deixemos a preguiça de lado e ponhamos mãos à obra... ôps, quero dizer, pés nos pedais!
Bait'abraço
Paulo Petry (o pai)